quarta-feira, 17 de junho de 2015

Escritora Hélia Correia vence Prémio Camões

 
 O Prémio Camões 2015 foi hoje atribuído à escritora Hélia Correia, o 11.º português a receber aquele que é considerado o mais importante prémio literário destinado a autores de língua portuguesa. O vencedor deste ano, que irá receber, além da distinção, um prémio pecuniário de cem mil euros, foi anunciado no palácio São Clemente, sede do consulado português do Rio de Janeiro, onde esteve reunido o júri.

Hélia Correia estreou-se na poesia com O Separar das Águas, em 1981, e O Número dos Vivos, em 1982. Nos últimos anos escreve sobretudo contos, novelas e romances.
 A biblioteca da nossa escola tem alguns livros desta escritora, dois dos quais autografados e dedicados à Biblioteca: A Coroa de Olímpia e O Ouro de Delfos


 Outros livros da escritora: 


Contos em coletâneas



Adaptações


 Já ficam aqui com várias sugestões para este verão.

terça-feira, 16 de junho de 2015

Espírito crítico e ação

Talvez tenha passado despercebido um texto do Miguel, enviado para os comentários. 
Porque constitui um apelo à reflexão e à nossa mudança de atitudes, creio ser apropriado 
para fechar este ciclo de trabalho

 Banco Alimentar



Problemas da Sociedade Atual

A nossa sociedade enfrenta diariamente diversos problemas, seja a nível económico, político ou social e sobre esses pontos todos conseguimos detetar falhas. Mas a verdade é que para podermos resolver esses problemas (em vez de esperarmos que eles se resolvam por si próprios) primeiro temos que nos mudar a nós próprios enquanto sociedade.

Um dos principais problemas que acho que nos deve alertar é a falta de espírito crítico das pessoas. A nossa sociedade encontra muita felicidade em, durante as suas conversas de café, se queixar (não é criticar) dos problemas do país em que vive, das decisões que o fulano X toma, da sorte/azar que tem… Mas não procura encontrar ideias para solucionar esses mesmos problemas, não tem mentalizada a popular frase: “Se não gostas, faz melhor”. A maior parte da nossa sociedade tem apenas um papel passivo.


Outro dos principais motivos de preocupação e que de certa forma está relacionado com o outro motivo acima, é o valor ou importância que a nossa população atribui a factos banais, sem interesse, sem qualquer relevância para nossa evolução enquanto comunidade.
Aqui há umas semanas o Benfica, um clube de futebol português, venceu um título do qual já nem me lembro do nome. Depois disso, as ruas encheram-se de festejos sobre esse mesmo feito, as pessoas estavam completamente contentes, cheias de energia, a cantar hinos do clube e outros afins por causa de um acontecimento como esse. Então eu pergunto duas coisas: a vitória do Benfica é algo tão importante assim, para causar este efeito nas pessoas? Não me parece. Segunda pergunta: Se as pessoas debatessem, resolvessem e festejassem outras metas, de nível social, económico ou político com o mesmo entusiasmo, não viveríamos numa sociedade melhor, mais ativa e equilibrada? A resposta é evidente.




Em suma, o cultivo de espírito crítico e da ação, assim como o interesse em resolver problemas que nos afetem a todos enquanto comunidade, são essenciais para uma sociedade menos piegas, passiva e ignorante. Pois é exatamente nessas caraterísticas que assentam as nossas principais lacunas.

Miguel Abreu
nº 27 | 11ºA
5 de junho de 2015

As quatro equipas do Agrupamento de Escolas de São Gonçalo, Torres Vedras, que participaram 
no Campeonato do Mundo de Robótica, Robcup 2014, no Brasil, foram premiadas em várias modalidades

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Fernando Pessoa - uma leitura para todos

Faltava publicar este  «booktrailer», por questões técnicas, entretanto ultrapassadas.

Os autores (Isabel, Carlos, João Bernardo e Nuno) optaram não por um livro específico, mas por um autor: Fernando Pessoa
Afinal, Fernando Pessoa é nosso, é para todos os leitores, de todas as idades.  

 


***

Nota: tentaremos, entretanto, resolver as questões técnicas do vídeo do Diário de Viagem para que todos o apreciem.

sábado, 6 de junho de 2015

sexta-feira, 5 de junho de 2015

12º|Antevisão

Sistematizando a informação hoje dada, na última aula, aqui fica o desafiante programa do próximo ano letivo, para prepararem as compras com tempo e fazerem as leituras combinadas

Programa do 12º ano 
Leitura literária - Autores e Obras






(Banco de Poesia - toda a poesia de Fernando Pessoa - ele próprio - 
e de Álvaro de Campos, Alberto Caeiro e Ricardo Reis)


 MANUAL  e GRAMÁTICA


O Manual tem uma versão digital, a que os alunos podem aceder com o código de acesso. 

E, tal como referi, deixo-vos uma amostra do que é trabalhar com obras como Memorial do Convento. Estas são imagens de maio (num intervalo), de alunos do 12º C. Reparem nos livros!!








Vai ser um grande desafio!




quinta-feira, 4 de junho de 2015

Pelo ambiente!


 

Mais um trabalho de publicidade institucional: defesa de ideias, valores ou causas, 
apelos, alertas... 

Neste caso, o valor a promover 
é o da defesa do ambiente, através da reciclagem.


Atenção: a 1ª parte do trabalho (estatísticas e gráficos) não é da autoria dos colegas, razão pela qual se ponderou a publicação. Todavia, toda a segunda parte - a história de uma garrafa - é original (conceção, texto e realização).

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Cesário e as mulheres

Um último exemplo.


Jacques E. Blanche,Portrait d'une femme du monde

A Débil

Eu, que sou feio, sólido, leal,
A ti, que és bela, frágil, assustada,
Quero estimar-te sempre, recatada
Numa existência honesta, de cristal.

Sentado à mesa dum café devasso,
Ao avistar-te, há pouco, fraca e loura,
Nesta Babel tão velha e corruptora,
Tive tenções de oferecer-te o braço.

E, quando socorreste um miserável,
Eu, que bebia cálices de absinto,
Mandei ir a garrafa, porque sinto
Que me tornas prestante, bom, saudável.

"Ela aí vem!" disse eu para os demais;
E pus-me a olhar, vexado e suspirando,
O teu corpo que pulsa, alegre e brando,
Na frescura dos linhos matinais.

Via-te pela porta envidraçada;
E invejava, — talvez que não o suspeites! -
Esse vestido simples, sem enfeites,
Nessa cintura tenra, imaculada.

Ia passando, a quatro, o patriarca.
Triste eu saí. Doía-me a cabeça.
Uma turba ruidosa, negra, espessa,
Voltava das exéquias dum monarca.

Adorável! Tu, muito natural,
Seguias a pensar no teu bordado;
Avultava, num largo arborizado,
Uma estátua de rei num pedestal.

Sorriam, nos seus trens, os titulares;
E ao claro sol, guardava-te, no entanto,
A tua boa mãe, que te ama tanto,
Que não te morrerá sem te casares!

Soberbo dia! Impunha-me respeito
A limpidez do teu semblante grego;
E uma família, um ninho de sossego,
Desejava beijar sobre o teu peito.

Com elegância e sem ostentação,
Atravessavas branca, esbelta e fina,
Uma chusma de padres de batina,
E de altos funcionários da nação.

"Mas se a atropela o povo turbulento!
Se fosse, por acaso, ali pisada!"
De repente, paraste embaraçada
Ao pé dum numeroso ajuntamento.

E eu, que urdia estes fáceis esbocetos,
Julguei ver, com a vista de poeta,
Uma pombinha tímida e quieta
Num bando ameaçador de corvos pretos.

E foi, então, que eu, homem varonil,
Quis dedicar-te a minha pobre vida,
A ti, que és ténue, dócil, recolhida,
Eu, que sou hábil, prático, viril.


Cesário Verde, in 'O Livro de Cesário Verde'


Imagem- pintura de  Jacques Emile Blanche - Portrait d'une femme du monde, in http://masmoulin.blog.lemonde.fr/category/evenements-culturels/page/6/