segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Reinventar a educação para enfrentar o futuro | Vodafone Future


Tragédia - Frei Luís de Sousa (revisões)

  ALMEIDA GARRETT, FREI LUÍS DE SOUSA


Ø ACÇÃO TRÁGICA
Ø  Há um conflito, sem solução, entre o passado e o presente;
Ø  As personagens são arrastadas para a destruição; a força do destino é superior às suas forças

Ø ETAPAS/ELEMENTOS DA TRAGÉDIA
Ø  desafio a forças superiores/destino
Ø  pathos / sofrimento (primeiro em Madalena e Telmo, depois gradualmente em todas as personagens)
Ø  peripécia (incêndio do palácio e, sobretudo, regresso do Romeiro)
Ø  reconhecimento (descoberta da identidade do Romeiro) – ponto alto da acção = climax
Ø  catástrofe

Ø TEMPO 
-       A ação inicia-se numa fase muito adiantada dos acontecimentos, sendo o passado apresentado nas falas, em retrospetiva
-       Ex. 1º casamento de D. Madalena, com 17 anos; desaparecimento de D. João há 21 anos; procura de notícias durante 7 anos; casamento há 14 anos; nascimento de Maria há 13. (na Cena II do Ato I)
-       Há números/sinais especiais que marcam o tempo: o número 7; o número 3; a sexta-feira (cenas V, X, XIV, do ato I); a semana (intervalo entre Atos I e II); a noite v/s  o dia.

Ø LINGUAGEM  
- Marcada pelo uso do falar «natural e corrente», adequado, todavia, ao estatuto das personagens:
  • Vocabulário sóbrio, mas simples, não «pomposo» ou artificial;
  • Frases curtas – “Tens, filha” / “Não, Maria”; 
  • Expressões próprias do oral -“Está bom”; “Não: credo!” “Queres lá tu saber” “Bonito!” “Louquinha!” “Ora Deus to pague!”
  •  Repetições: “Veem, veem?” / “Não é isso, não é isso”
  • Suspensões/hesitações próximas da nossa forma de falar, traduzidas pelas reticências; expressam emoção, dúvida; muitas vezes associadas a repetições, a frases deixadas por acabar, a interjeições:
     …é que vos tenho lido nos olhos…Oh, que eu leio nos olhos, leio, leio!...e nas estrelas também – e sei coisas 


Os atores Raul de Carvalho (1901-1984) e Maria Dulce (1936-2010), 
como Manuel de Sousa e Maria de Noronha
-       Emotividade – traduzida por:

o   vocabulário, nomeadamente vocábulos relacionados com emoções, sentimentos (amor, desgraça, coração, suspirar...) e as interjeiçõesAh! Oh!  Credo  
o   pontuação : para além das reticências, as interrogações, as frases exclamativas: - A mãe já não chora, não? Já não se enfada comigo?    

-       Familiaridade -  o registo de língua dominante adequa-se à situação íntima, de diálogo afectivo entre os membros da família (incluindo Telmo):  ”Esposo da minha alma” “meu Telmo”, “Meu querido pai”, ”Ora pois, mana, ora pois!”

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Não Finitas (revisões)

Pintura de João Vieira , ´Sem título´, Museu Nacional de Arte Contemporânea (MNAC), Lisboa

Na sequência da aula de preparação para exame para superação das dificuldades detetadas (consultar as definições e os vários exemplos que registámos), fica a síntese informativa.
As não finitas podem ser:
  • infinitivas 
  • gerundivas 
  • participiais.
Assim:
«Na Terminologia Linguística para o Ensino Básico e Secundário – TLEBS [...], a designação «não finita» significa que a forma verbal a usar numa frase assim classificada pertence às antigamente chamadas «formas nominais» do verbo. 
É o caso de uma frase de infinitivo (flexionado e não flexionado), de uma frase gerundiva e de uma frase participial.

Seguem-se exemplos de cada tipo de oração não finita:
1. Frase não finita de infinitivo: «Lamento ter insultado o Pedro» (infinitivo não flexionado) e             «Lamento teres insultado o Pedro» (infinitivo flexionado).
2. Frase não finita gerundiva: «Vendendo o carro, perco a minha autonomia.»
3. Frase não finita participial: «Acabado o discurso, todos o aplaudiram.»

A terminologia tradicional usa também o termo «orações reduzidas» para designar este tipo de frases [...]. As orações não finitas contrapõem-se às finitas, que têm formas verbais finitas (por exemplo, as do indicativo ou as do conjuntivo).»

OUTROS EXEMPLOS DE NÃO FINITAS:
Infinitiva :  Os alunos foram elogiados por terem bom comportamento .   OU
                    Os alunos, por terem bom comportamento, foram elogiados.
                    Gostamos de morar aqui por ser calmo.
(ex. de subordinada adverbial causal)

Gerundiva : Chegando o Carnaval, os alunos só pensam nas máscaras. OU
                      Os alunos só pensam nas máscarasc chegando o Carnaval. OU
                      Os alunos, chegando o Carnaval, só pensam nas máscaras.
(ex. de subordinada adverbial temporal)

Participial : Nós, acabado o trabalho de Português, vamos logo para casa. OU
                     Acabado o trabalho de Português, nós vamos logo para casa.
(ex. de subordinada adverbial temporal)
FUNÇÃO SINTÁTICA
«As subordinadas adverbiais desempenham a função sintática de modificador e, por essa razão, são móveis dentro da estrutura frásica à semelhança do comportamento sintático dos advérbios com função de modificador. 
As orações subordinadas adverbiais, sempre que antecedem a oração principal, são isoladas por vírgulas.» 
(Ciberdúvidas)